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Biodiversidade em Risco no Planalto Paulista: Desafios e Perspectivas

O Planalto Paulista, localizado na zona sul de São Paulo, destaca-se como um bairro residencial de atmosfera tranquila e ruas arborizadas, agora confrontando uma encruzilhada crucial em sua história. A iminente possibilidade de transformação em uma zona comercial intensa não apenas apresenta desafios sociais e urbanos conhecidos, mas também levanta sérias preocupações quanto à preservação da biodiversidade local, composta por variadas espécies de árvores e pássaros.

Diferentemente de bairros vizinhos, como Vila Clementino e Vila Mariana, que já abraçaram a coexistência de zonas comerciais e edifícios, o Planalto Paulista orgulha-se de seu caráter estritamente residencial. A singularidade do bairro reside não apenas na sua arquitetura paisagística, mas também na presença marcante de uma fauna rica, abrigando sabiás, bem-te-vis, pardais, maritacas e pica-paus. Contudo, este cenário idílico enfrenta a ameaça iminente de desaparecer diante da expansão urbana.

O risco de perder habitats naturais para o avanço da urbanização torna-se evidente, comprometendo a biodiversidade local e impactando severamente o equilíbrio ecológico delicado que caracteriza o Planalto Paulista. A urbanização intensiva traz consigo a ameaça de poluição sonora, afetando os recursos alimentares e criando um cenário preocupante não apenas para a fauna, mas também para a qualidade de vida dos habitantes.

Neste contexto desafiador, a Sociedade dos Amigos do Planalto Paulista (SAPP) surge como uma defensora ativa dos interesses sociais, urbanos e da preservação da fauna. A organização, ciente da necessidade de conscientização, busca não apenas informar a comunidade sobre a riqueza da biodiversidade local, mas também promover práticas de desenvolvimento sustentável. A SAPP emerge como uma voz crítica na liderança de esforços colaborativos, propondo estratégias que conciliem o desenvolvimento urbano com a preservação da fauna, tais como a criação de áreas verdes protegidas e corredores ecológicos.

A transformação iminente requer uma abordagem equilibrada, liderada pela SAPP, visando proteger tanto a fauna quanto os aspectos urbanos distintivos do Planalto Paulista. Os moradores, por sua vez, enfrentam o desafio complexo de definir um caminho que não apenas preserve a identidade única do bairro, mas também promova um ambiente sustentável para todos os residentes.

A biodiversidade ameaçada no Planalto Paulista está intrinsecamente ligada à saúde ambiental e ao equilíbrio climático do bairro. A área verde, além de ser um santuário para aves e animais locais, desempenha papel crucial no controle térmico, na regulação da umidade e na redução da poluição do ar. Ela atua como um escudo natural contra extremos de calor, oferecendo sombra e contribuindo significativamente para a mitigação das ilhas de calor urbanas, fenômeno cada vez mais presente em bairros mais densamente construídos como Vila Clementino e Vila Mariana.

A SAPP, ao liderar esforços colaborativos, destaca a importância estratégica da manutenção da área verde na luta pela sustentabilidade ambiental. Entretanto, um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Vereadores propõe a eliminação de zonas exclusivamente residenciais no bairro, aumentando as áreas comerciais. Este cenário não apenas desafia a comunidade do Planalto Paulista na busca por um desenvolvimento que preserve a biodiversidade, mas também levanta questões cruciais sobre os impactos que a redução da zona verde deste bairro pode causar à cidade de São Paulo como um todo.

A preservação do caráter estritamente residencial do Planalto Paulista não é apenas uma questão local; é uma preocupação que reverbera em níveis mais amplos. A diminuição da zona verde, associada à possível extinção da zona estritamente residencial, representa um precedente preocupante para a cidade de São Paulo. A perda da identidade única do Planalto Paulista não apenas afeta os moradores locais, mas também compromete a qualidade de vida em uma cidade que já enfrenta desafios significativos relacionados à sustentabilidade e ao equilíbrio ambiental.

Em conclusão, o desafio enfrentado pelo Planalto Paulista é um chamado à preservação integral, englobando não apenas a fauna, mas também a área verde característica do bairro. Preservar sua identidade única significa proteger aves, habitats e construir um futuro de coexistência harmoniosa entre a natureza e o desenvolvimento urbano. Este é um apelo à ação consciente, à união de esforços da comunidade e à defesa de um exemplo notável de equilíbrio entre o urbano e o natural em meio a uma cidade densa como São Paulo.

Diretoria da SAPP presente nessa manifestação em 30/11/2023

Em 7 de setembro/23 renovamos com o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR – NIC.br  o DOMÍNIO “SAPP.ORG.BR”  que abrangerá o período de  03/10/2023 à 02/10/2033, registro/fatura no. 41.545.438.

Renovamos com a ECT – Empresa de Correios e Telégrafos a Caixa Postal 68035, pelo período de 1 ano: vigência (11/07/23 a 10/07/24). A retirada de documentos fica a disposição da SAPP na agência AC-Mirandópolis, avenida Jabaquara, 2763-2765 – São Judas, São Paulo – SP, CEP 04045-972.

SAIBA MAIS

Ata de eleição e posse da diretoria da Sociedade dos Amigos do Planalto Paulista para o biênio novembro/2021 à outubro/2023

Sapp. Ata da AGE_gestao_130922_281023

Hoje é comemorado no Brasil o Dia da Árvore. Um decreto de 1965, do presidente Castelo Branco, instituiu a data como a Festa Anual das Árvores para difundir a conservação das florestas e divulgar a importância das árvores no bem-estar dos cidadãos.

Quase 60 anos se passaram e o objetivo do Presidente Castelo Branco está longe de ser uma prioridade. As árvores continuam ameaçadas e dizimadas. O bem estar do cidadão parece não importar.

Na cidade de São Paulo, de 2018 até setembro de 2021 foram removidas, com autorização da Prefeitura, 49.884 árvores.

E só foram plantadas 23.494. Equivalente a 47%.

A Prefeitura argumenta que há plantios feitos pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, mas os dados não convencem.

Na realidade da vida urbana, não se vê mais verde. Se vê supressão do verde.

Segundo a revista Urban Forestry & Urban Greening a altura dos prédios no entorno influenciam e aumentam o risco de queda de árvores na cidade de São Paulo. Prédios altos proliferam enquanto árvores caem. Entre 2013 e 2021 foram perdidos cerca de 4% dos 652.000 exemplares. Lá se foram 26.080 árvores.

Veja mais na publicação da uol